SUSTENTABILIDADE...SOCIAL?
Muito se fala de sustentabilidade. Os arquitetos pregam sobre novas técnicas e novos pensamentos de como abordar um projeto e uma obra de forma a ser "amigo do ambiente", porque a cima de tudo é um bom marketing.
O que poucos falam é de sustentabilidade social, que não é menos importante.
Mas o que é Sustentabilidade Social e porquê abordar isso na Arquitetura?
Muitos já ouviram falar nos escândalos de exploração de mão-de-obra por marcas de roupa e calçado. Além de evitar essas práticas, a ideia que se tenta combater é a de evitar comprar coisas baratas, pois sabemos que esse preço só é possível através de exploração social e ambiental.
O que muitos não sabem, é que nos escritórios de arquitetura, tal como nas fábricas de roupa no Bangladesh, existe muita exploração de mão de obra. E não precisam ser escritórios pequenos. Os grandes e bem sucedidos também.
Irônico, não? Um arquiteto lhe tentar vender ideias sustentáveis, mas explorar os funcionários.
Desde arquitetos formados a ganhar como estagiários, horas extras que não são pagas, salários pagos por hora (férias e feriados são dias sem ganhar), sem 13º, sem contrato, sem VT, sem subsidio desemprego, etc.
Resumindo, sem direitos, só obrigações.
Isso faz com que os lucros do escritório sejam maiores, logo as chances de sucesso também, o que é uma competição completamente desleal para aqueles que respeitam os direitos dos outros. E o cliente talvez não tenha essa noção. Muitas vezes os preços do escritório não são menores por isso. É apenas o lucro que é maior.
O que o ArqClub gostaria de chamar à atenção, a você cliente, é que exploração de mão-de-obra não deve ser aceite em nenhum contexto, e você tem o poder de travar esses comportamentos, questionando o escritório que pretende contratar sobre a sua conduta em relação a funcionários.
E não se iluda pelo status do Arquiteto chefe ou o tamanho do escritório. Há arquitetos de renome que o fazem. Há arquitetos com cargos no CAU (conselho de arquitetura) que o fazem. Há arquitetos que ensinam na universidade que o fazem.
