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MITOS E VERDADES...


Tudo na sociedade advém de padrões que levam umas pessoas a se identificar mais com umas coisas e outras mais com outras.

Com a arquitetura não é diferente. Mas a arquitetura, tal como as outras artes, é projetada para se inserir num contexto físico e social, o qual esta deve representar e integrar, e o gosto do arquiteto deve ser moldado por essa realidade (muitos não praticam, mas aí é outra história!) resultando em obras que representem o seu tempo.


Já o leigo arquitetônico, que não estudou a teoria dos espaços e a sua influencia no usuário, constrói o seu gosto através de vários fatores involuntários, baseados em preconceitos históricos, sociais e culturais.

Olhe os próximos exemplos e liberte-se de preconceitos

> Para você: Casa = telhado, janelinhas e chaminé;

porquê? Um preconceito construído em todos nós desde criança que acaba definindo o gosto de muitos, associando beleza arquitetônica à ideia tradicional de representação de uma casa. Levando a espaços sub-aproveitados e a soluções construtivas ultrapassadas.

> Para você: Casa de madeira = pobre e frágil

porquê? Um preconceito histórico que advém do fato de que antigamente só quem tinha posses construía em alvenaria. A construção em madeira era exclusiva de pobres, indígenas e afins. O homem culto tinha o dinheiro e a tecnologia, e construía em pedra e alvenaria, a velha expressão "casa de material". Obviamente, o subconsciente da sociedade atual prefere a associação à riqueza do que à pobreza. E esse conceito é perpetuado, apesar de hoje a tecnologia de ponta estar justamente na construção limpa (madeira e metal)

> Para você: Edifício de vidro = escritório

porquê? Um preconceito alimentado pela repetição. Se no imaginário das pessoas, a casa deve ter o aspeto tradicional, abordado a cima, um edifício comercial já não tem essas restrições. E o vidro começou a ser mais utilizado por uma questão lógica de poupança (quanto mais luz natural, menos gasto em luz artificial). Até que, pela repetição do padrão, acabou por criar uma associação natural no cérebro das pessoas, que passaram a identificar esse estilo como comercial. Mas a premissa para habitação não deveria ser a mesma? Luz natural não é bem-vinda? E quanto à integração visual com o espaço externo?

> Para você: Jardins = Área externa no térreo

porquê? Este é um preconceito que nasce a partir da natureza. O natural é as plantas nascerem em ambiente externo, direto no solo. Sabemos que essa questão já foi contornada há séculos, ou não seriamos tão adeptos de colocar vasos com flores em casa. Mas estender essa lógica a espaços inteiros, muitos ainda têm dificuldade de aceitar. seja porque acham que é caro fazer jardins "suspensos" ou porque acham que vai gerar problemas à casa (infiltrações, trincas, etc) Sugerimos que vejam o nosso post sobre esse mito aqui. E vejam os espaços que o preconceito boicota.


> Para você: Fachada trabalhada (decorada) = riqueza/status

porquê? Este é o preconceito de gosto mais comum. Associar algo mais decorado e clássico com poder aquisitivo. O simples, minimal, como parece não ser tão trabalhoso, passa a ideia de algo com menos valor. E isso já foi realidade, séculos atrás, quando se explorava uma arquitetura mais decorativa - onde os espaços eram rígidos devido a limitações técnicas, e só se atingia fluidez pela decoração. Aí a decoração era valorizada. E o preconceito reside aí, na associação da riqueza da época, aos dias de hoje. Quem não gostaria de morar num palácio Vitoriano? Muitos. Porque associam a riqueza. Só que a imitação hoje é algo associado a algo brega e parado no tempo, pelos especialista.

Se busca essa imagem de status e riqueza para a sua casa, tente perceber o que os milionários com cultura arquitetônica constroem, e vai se espantar. #desapeguedoclássico

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